Felizmente não precisamos comprar Jerez dos japoneses: オロロソ é um nome horroroso para uma bebida tão linda. Em espanhol a poesia e a energia latina transbordam – Oloroso quer dizer “perfumado” e, não à toa se conta da antiga tradição de banhar lenços de bolso nos vinhos para carregar por aí sua essência.

Se o Fino é o porta-voz da região, pelo estilo único e marcado pela flor, Oloroso é seu guarda-costas: envelhecido sem a proteção da véu de leveduras, mantém a “gordura” do álcool e concentra-se mais e mais com o passar do tempo.

O sistema de solera se encarrega de dar refinamento e foco a este vinho poderoso, que é fortificado a pelo menos 17% para evitar a formação da flor e que quanto mais velho, mais alcoólico e intenso fica.

Os produtores selecionam vinhos de base mais volumosos e intensos, seja pela origem (quanto mais longe do mar, mais cheios são os vinhos), pela prensagem (vinhos de prensa extraem mais das uvas) ou simplesmente pela qualidade e características de cada lote, após a fermentação.

 

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oloroso: NA TAÇA

Você já entendeu que o perfume é tão importante que o vinho o leva no nome. Mas um Oloroso é diferente de um Fino ou Manzanilla desde a primeira olhada: a cor castanho-escuro, “mógno” para os ingleses, é o resultado direto da presença do oxigênio na bota

A textura é completamente diferente: como a flor se alimenta do glicerol, um dos álcoois mais “gordinhos” e adocicados do vinho, os Finos são “magros” e absolutamente secos, mas os Olorosos não: volumosos, redondos e com a lembrança adocicada do álcool, mesmo se sem nenhum açúcar residual.

Os sabores do envelhecimento e da madeira são frequentemente presentes e o Oloroso tem estrutura, intensidade e concentração para escoltar os pratos de carne clássicos da região, mas também algumas das nossas preciosidades da gastronomia de carne bovina brasileira. Pensou numa?

Agora não é possível que não tenha dado fome

 

nossa seleção

 

TRÊS VINHOS COM PRESENÇA CORRENTE NO MERCADO BRASILEIRO E MAIS UM, ESPECIAL, PRA VOCÊ PROCURAR QUANDO FOR VISITAR OUTRO PAÍS.

alfonso oloroso

Demorou, demorou, demorou, mas ele veio – Alfonso voltou após anos ao mercado brasileiro! O Oloroso mais conhecido da Gonzalez Byass, homenagem ao rei Alfonso XIII, considerado o grande divulgador de Jerez na corte inglesa do início do século XX.

Alfonso Oloroso de Gonzalez Byass

Alfonso talvez seja a melhor forma de conhecer os Olorosos: a fruta ainda vive, há uma certa maciez e o vinho é fácil e convidativo, além de ser relativamente fácil de encontrar.

 

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el maestro sierra oloroso

Merece um baile de debutante esse vinho – 15 anos! Longo tempo, passado em constante concentração nas botas dessa pequena casa familiar, que inclusive foi fornecedora da linha Almacenista dos Lustau (ver abaixo). 

Um dos poucos Olorosos de envelhecimento médio do mercado brasileiro, é também uma bela homenagem ao fundador, antigo construtor de barricas. Fortificado originalmente a 18%, com o tempo atinge os atuais 19% que dão volume e potência.

 

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tradición oloroso vors

Vinhos pra Jerezeiros sérios, os Tradición são os com idade média mais velha do mercado. São pequenas soleras, recuperadas pela micro-bodega e refrescadas apenas com vinhos de idade mínima de 15 anos! 

A cada ano engarrafam no máximo 3000 a 4000 garrafas de uma solera de 12 botas. com um VORS de quase 45 anos de idade média. Um senhor Oloroso, cujo envelhecimento enche de aromas e camadas, mas também faz uma boca mais adstringente e absolutamente seca.

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OLOROSO DEL PUERTO
ALMACENISTA JOSE LUIS GONZALEZ OBREGON

Os Lustau foram provavelmente os primeiros a dar reconhecimento aos almacenistas, os artesãos envelhecedores de vinhos sem a capacidade de comercializá-los.

Foto Gabriele Frizon editada

Estes são de longe alguns dos melhores vinhos Lustau, além de conservar um pedaço de história e dar ânimo e renome aos pequenos produtores locais. O Oloroso del Puerto é um dos prediletos da Gabi, nossa Louca do Jerez.

 

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